Sabia que a partir de 2020 as escolas, públicas e privadas, deveriam ensinar educação financeira no ensino infantil e fundamental? Isso porque foi comprovado em países de primeiro mundo, que já tratam este assunto na grade curricular desde os anos 90, e colhem excelentes resultados com adultos mais conscientes no gerenciamento de suas próprias finanças.
Hoje daremos dicas de 4 atividades, bem divertidas, para você abordar a educação financeira com seu filho. E o mais legal, em família e ele vai aprender brincando!
Vamos às atividades? Ah! Depois deixe nos comentários o que vocês acharam de cada uma delas!
ATIVIDADES
Atividade nº1 – Conhecendo o real valor
O objetivo deste jogo é adivinhar o preço de um objeto. Escolha alguns objetos da casa que podem ser brinquedos do seu filho, ou o tênis dele, ou eletrodomésticos, enfim, qualquer objeto que o preço de um novo possa ser consultado pela internet.
Dê a ele alguns post-its e uma caneta, e peça para colocar o preço destes objetos como se fosse novo, escrevendo no post-it e colando.
Depois chequem na internet se os valores batem ou se são próximos.
Essa atividade não tem a finalidade de ensinar a seu filho como seus brinquedos são caros, mas para ajudá-lo a começar a entender a noção de valor relativo e preço. Também o ajudará a perceber que precisamos ter cuidado com os bens, já que custam dinheiro para substituí-los. Discuta com seu filho porque certos itens custam tanto e outros consideravelmente menos. Por exemplo, um objeto fabricado com madeira sólida pode ser mais caro do que o plástico. Algo feito à mão pode ser mais caro devido ao trabalho manual envolvido, e assim por diante. São fatores que contribuem para a precificação dos produtos.
Atividade nº2 – Teste de consumidor
Os seus filhos se veem no meio de uma artilharia de propagandas desde a tv até as redes sociais, passando pelos jogos eletrônicos.
Ajude-os a perceber que, embora possa haver várias marcas diferentes de um determinado produto, em muitos casos, uma comparação entre as marcas pode mostrar que há pouca ou nenhuma diferença. Este é um jogo de comparação, provavelmente mais adequado para itens do dia a dia, como mantimentos. Sempre que fizer sua compra semanal ou mensal, selecione um produto de marca e um produto básico / genérico ou de duas marcas diferentes. Cubra as etiquetas, marque um item como ‘A’ e o outro como ‘B’ e peça a seu filho para comparar as marcas. Existe alguma diferença de gosto? Peça-lhes que façam uma anotação em um bloco de notas, como um teste de consumidor real. Fazer seu filho testar o produto desta forma é muito mais eficaz do que tentar explicar por que você não compra a marca ‘X’ em vez de outra.
Saliente, no entanto, que as compras geralmente são baseadas na qualidade ou valor percebido, não apenas no custo, portanto, embora alguns itens possam ser mais baratos, podem não ter um valor percebido melhor. Além disso, algumas compras são feitas de acordo com a ética, por exemplo: apoiar negócios locais como a padaria ou açougue, onde, embora os preços possam ser um pouco mais altos, a decisão de comprar local é feita sob a visão de valores que você certamente pode discutir com seus filhos.
Além de desenvolver o discernimento de seu filho como consumidor, essas considerações de marca e preço também ajudam a reforçar uma lição empreendedora muito valiosa, de que o preço de um item ou serviço não é orientado apenas pelo custo de produção ou a escassez desse item, mas também pelo que as pessoas estão dispostas a pagar por ele, seu valor percebido, e que isso pode depender de muitos fatores subjetivos. Uma ótima maneira de começar a explorar e compreender os mistérios do marketing!
Atividade nº3 – O caixa eletrônico
Muitos filhos não percebem que você não pode sacar dinheiro de sua conta bancária sem primeiro colocar dinheiro nela. Eles acham que você simplesmente passa o cartão e insere alguns números naquela máquina que está no meio do shopping e ela distribui dinheiro sempre que você precisar.
Na próxima vez que você retirar dinheiro do caixa eletrônico, pergunte a seu filho se ele sabe como o dinheiro chega lá.
Se eles estão ganhando dinheiro, seja por mesada ou por esforço próprio, você pode usar a analogia de seus próprios recursos que estão no cofrinho ou no banco, e que eles tiveram que ganhar para poder depositá-lo, antes de poder sacar qualquer coisa.
Assim eles poderão entender que o dinheiro não dá em árvore, ou melhor, no caixa eletrônico!
Atividade nº4 – Abertura de loja (receita de vendas, custo, lucro ou prejuízo)
Esta é uma atividade que gosto muito e por isso eu reforço sempre!
Você pode incentivar o seu filho a montar uma loja. Por exemplo: de revistas. Mas pode ser qualquer outra coisa, como a tradicional venda de limonadas.
Vá com ele à uma banca mais próxima e compre algumas revistas. Deixe-o comprar as revistas e anotar o preço de custo de cada uma.
Em casa, incentive-o a montar uma loja de revistas e colocar o preço de venda nelas, um preço de venda maior do que o preço de custo, mas que não pode ser um preço muito alto, somente um preço a mais para ele entender o conceito de preço de venda, custo e lucro.
Ajude o seu filho a pensar em estratégias de venda para as revistas, por exemplo, desde a exposição até argumentos de vendas sobre cada revista. Por exemplo: Essa revista ensina como deve ser o cuidado com os cachorros e esta outra como deve ser a decoração em apartamentos pequenos. Explique sobre argumentos de vendas básicos e como deve lidar com objeções. As mais comuns são o preço alto e descontos. Reforce que o que o consumidor deseja é resolver um problema. Venda o que de bom a revista trará para ele.
Solicite a compreensão de todos da casa para que vão até a loja do filho e que sejam consumidores que procuram saber mais sobre os produtos.
Diga à ele para registrar em uma folha mesmo, ou em uma planilha eletrônica, todo o seu estoque de revista, o custo de cada uma, bem como o preço de vendas delas.
À medida que as vendas vão ocorrendo, ele deverá anotar quais foram vendidas, o preço de venda e o custo delas para poder apurar o lucro assim que as revistas são vendidas.
Se foi você que emprestou o dinheiro para a compra das revistas, ele deverá pagar o valor que você emprestou e calcular quanto sobrou, pois este será o lucro obtido.
Espero que tenham gostado das dicas de hoje e se tiverem alguma dúvida, deixem aqui nos comentários. Vejo vocês no próximo encontro!
Abraços,
Evandro Conti
Eu S/A Escola de Empreendedorismo