Meu filho Lucas, que cursa o 6º ano, é muito bom em matemática, ele estava tirando notas acima de 90% nas provas e tinha a meta de terminar o ano acima de 90 pontos, porém, em uma prova do segundo trimestre, ele disse que não iria estudar porque matemática era muito fácil e não precisava se preparar. Resultado… ele não foi mal na prova, mas não conseguiu alcançar o objetivo de estar acima de 90% dos pontos. Nesta prova específica, ele tirou 7,6. Não é ruim, mas ficou longe do seu objetivo.
E o que podemos tirar de lição desse episódio?
É algo que sempre falo para ele, inclusive, é nome de um livro bem interessante, que recomendo a leitura: “O Ego é seu inimigo: Como dominar o seu pior adversário”, de Ryan Holiday.
Há, inclusive, um questionamento no esporte: “Qual é o mais difícil? Chegar no topo ou se manter no topo?”
Segundo o técnico multicampeão de vôlei, o qual não canso de citar em nossos vídeos, Bernardinho, os dois são muito difíceis, mas se manter no topo é mais difícil, pois o ego influencia muito o emocional dos jogadores, já que eles acreditam que “chegaram lá” e podem relaxar, além de que todos os adversários querem tirá-los do topo!
E qual é o segredo? Dominar o seu ego, o seu pior inimigo. Como o Bernardinho diz: “aos campeões, o desconforto. Se estão começando a treinar às 8h e são campeões, quando voltarem do campeonato começam a treinar às 7h!”.
Viram que para uma vida empreendedora no esporte é importante o controle do ego? E na nossa vida e de nossos filhos também é!
Por isso, veja 5 dicas para trabalhar com seu filho como controlar o ego diante das situações.
E o que é esse tal de ego, Evandro?
O ego, para a psicologia, faz parte de todo ser humano. Isso significa que ninguém pode ficar sem ele ou simplesmente eliminá-lo. No entanto, nos últimos tempos, o ego tornou-se um vilão, passou a ser visto como algo ruim ou negativo, sinônimo de presunção e vaidade.
Mas será que é tão ruim assim?
Muito discutido e difundido no mundo da psicologia e psicanálise, o ego é o núcleo da nossa personalidade. Responsável tanto por nossos instintos de sobrevivência quanto pela nossa ideia de estarmos sempre certos.
O ego é também reconhecido, de forma popular, como a imagem que formamos de nós mesmos. Isso quer dizer, que, quando chamamos alguém de egocêntrico, estamos nos referindo a uma pessoa que supervaloriza o seu próprio ego, criando uma imagem de si mesma que beira o exagero.
O ego é basicamente a nossa personalidade. É ele quem julga as pessoas ao nosso redor conforme nossos interesses e experiências pessoais. Ele é aquela voz interna que indica o que é bom e o que é ruim. É também responsável por preconceitos e aceitações.
A partir do momento em que o ego se manifesta como a consciência do indivíduo, ele passa a determinar as ações e os instintos que este tem, diante das situações que ocorrem no mundo real.
É através do ego que conseguimos manter um equilíbrio entre aquilo que queremos, os nossos desejos, e aquilo que possuímos, a realidade que temos diante de nós.
E como manter o equilíbrio através do controle do ego?
Vamos listar cinco dicas para vocês trabalharem com seus filhos, o controle do ego.
Dica nº 1 – Converse com seu filho sobre os acontecimentos da vida dele
Sempre que puder, converse com o seu filho sobre cada episódio que acontece na vida dele. Tente demonstrar o quanto a decisão dele estava equivocada ou não diante dos resultados esperados e se ele alcançou o objetivo ou não. Só assim ele aprenderá com os próprios erros, se for o caso. Assim como no exemplo que citei anteriormente do meu filho e sua decisão diante do resultado não desejado da prova, agora ele sabe que tem que estudar sempre para as provas.
Dica nº 2 – Ensine a seu filho a ser grato pelo que tem
Se não tomarmos cuidado, o ego pode fazer com que vivamos em um eterno estado de insatisfação. Nesse sentido, é preciso praticar com o seu filho, diariamente, um exercício de gratidão, olhando para o que vocês têm, para o que já conquistaram, e encontrar a plenitude e satisfação nisso.
Caso contrário, viverão sempre insatisfeitos, achando que a felicidade que tanto querem está longe, quando, na verdade, já são felizes, mas não conseguem enxergar.
Dica nº 3 – Mostre seu filho para não ficar se comparando com os outros
Não importa se seja em relação a algo positivo ou negativo, fazer comparações pode gerar ansiedade, depressão e dificuldade de tomar decisões racionais. Sempre há dois lados para qualquer história. Você pode olhar para alguém e dizer “sou muito melhor que ele”, mas é bem provável que esse indivíduo o supere em algum traço específico. Dessa forma, voltamos à dica nº 2, isto é, seja grato pelo que tem.
Dica nº 4 – Pegue o próprio exemplo do Bernardinho: “Aos campeões, o desconforto”
Demonstre a seu filho que se ele é bom em algo e se ele não continuar fazendo o que sempre fez, não alcançará os resultados desejados. Conforme o objetivo for traçado, ele terá que fazer muito mais do que fazia anteriormente, pois os adversários ou concorrentes sempre vão tentar superá-lo. É aquele velho conceito da luta de boxe, muito utilizado no nosso dia a dia: “nunca podemos abaixar a guarda, porque senão o adversário acerta um direto e nos nocauteia”.
Dica nº 5 – Mostre a ele como enfrentar os fracassos
Pessoas com egos grandes podem enxergar os fracassos como o “fim do mundo”. Demonstre a seu filho que ter medo de falhar pode levá-lo a não tentar outra vez ou até a trocar seus objetivos por metas mais modestas. Mostre a seu filho que o fracasso gera muitas oportunidades de melhorarmos os conhecimentos e as habilidades. Aprenda a comemorar cada erro e pensar que ele o aproxima do êxito.
E é isso que ensinamos aos nossos alunos aqui na Eu S/A Escola de Empreendedorismo para crianças e adolescentes! São os conhecimentos, as habilidades e as atitudes da cultura empreendedora que farão eles alcançarem os objetivos e sonhos. Agende uma aula experimental gratuita para o seu filho! Aguardo vocês!
Obrigado e até o próximo encontro!
Evandro Conti Eu S/A Escola de Empreendedorismo
