Hoje vamos falar como o empreendedorismo para crianças e adolescentes é a ponte entre a escola, o mundo do trabalho e a vida!
Primeiro, vamos recordar o conceito do empreendedorismo que tanto falamos por aqui, pois o empreendedorismo não é só ter CNPJs.
Muita gente acha que o empreendedorismo está relacionado exclusivamente a abrir empresas ou ter um CNPJ, mas na verdade ele é muito maior do que isso! O empreendedorismo é atitude, é uma cultura e, como diz o Professor e autor do livro “Pedagogia Empreendedora”, Fernando Dolabela, o empreendedorismo é um estado de ser. Ser empreendedor é ter atitude perante a vida e buscar alcançar as metas, os objetivos e os sonhos. E para isso, você precisará dos conhecimentos, comportamentos, habilidades e atitudes da cultura empreendedora para superar os desafios e alcançar os resultados.
O empreendedor está preocupado em resolver problemas, seja em casa, no bairro, no clube, na empresa em que trabalha, enfim, na sociedade em que ele está inserido. Dessa forma, quando ele resolve o problema, consequentemente, gera valor para a sociedade. Resolver o problema torna-se um objetivo, um propósito, um sonho!
Mas, Evandro, empreender não é ter uma empresa?
Segue o meu raciocínio!
Se na sua rua tem um cano furado e está vazando muita água e não vem ninguém da companhia de saneamento para consertar, o que uma pessoa com espírito empreendedor faz? Ela vai ligar na companhia de saneamento para reclamar. Se ninguém da companhia aparecer, essa pessoa vai vender a ideia para os vizinhos ligarem lá e fazerem novas reclamações. Se mesmo assim não resolver, essa pessoa com espírito empreendedor vai ligar para a emissora de TV para denunciar o descaso da companhia de saneamento e assim ela vai, até resolver esse problema.
Reparem que essa pessoa, em momento algum, abriu uma empresa para resolver o problema. Ela teve, primeiramente, os comportamentos de proatividade, olhar crítico, resiliência, planejamento e liderança. Em seguida, utilizou o conhecimento em vendas para vender a ideia aos vizinhos e à emissora, até resolver o problema gerando valor para a sociedade.
Um outro exemplo é aquele médico que você vai e ele demonstra interesse no seu problema, conversa com você, tem empatia pela sua dor, demonstra conhecimento, acolhe o paciente, se coloca à disposição para dúvidas, olha no seu olho e se coloca à disposição. Resumindo, ele se vende e faz o marketing dele! Ele não te conquista? Você não quer voltar nele? Não vai recomendá-lo para os seus conhecidos? O mesmo se aplica a um arquiteto ou engenheiro que vai realizar uma obra para você.
Estamos falando das softs-skills que são as habilidades comportamentais como determinação, disciplina, resiliência, foco, liderança, entre outras. Estamos falando também dos conhecimentos em vendas, finanças, marketing, por exemplo.
Nesse pacote todo, ainda tem a inteligência emocional que é como o empreendedor identifica as suas emoções e se comporta diante delas, bem como identifica as emoções de terceiros e lida com elas, que são as questões socioemocionais.
Em 2002, a Unesco emitiu um documento destinado a 140 países, iniciando um projeto global com dez princípios básicos para a implementação do aprendizado socioemocional desde a infância. Nos Estados Unidos, isso já é um requisito curricular, visando o domínio dessas competências para a vida, da mesma forma que as crianças precisam alcançar boas aptidões em matemática e linguagens.
E o empreendedor ainda pode ser um intraempreendedor, aquela pessoa que empreende dentro da empresa em que ele trabalha, quando encontra algum problema e vai em busca da solução. Hoje em dia, a maioria das empresas procuram colaboradores com esse espírito empreendedor.
O empreendedor pode ser um médico, quando está em busca de uma vacina específica. Pode ser um engenheiro que procura soluções para que a obra danifique cada vez menos o meio ambiente. Pode ser um atleta que vira referência para as crianças e outros atletas, e, com determinação, foco e disciplina, consegue superar todas as adversidades na vida para alcançar o objetivo ou sonho, independentemente do que venham a ser no futuro. Esse problema que ele resolve passa a ser o sonho, e assim, ele começa a persegui-lo.
Perceberam como o empreendedorismo vai além de ter um CNPJ? Ele é um estilo de vida e serve para todos independente de qual é a área de atuação.
E o empreendedorismo para as crianças e adolescentes?
Sabemos que até os 9 anos, as crianças estão em uma formação mais intensa da sua personalidade. Cada experiência que elas vivenciam ao longo de seu desenvolvimento irá acompanhá-las por toda a vida. Podemos trabalhar desde cedo as soft skills empreendedoras nas crianças através de atividades apropriadas para suas idades e de maneira lúdica, permitindo que aprendam fazendo, como se fosse uma brincadeira.
Por isso é importante trabalharmos a cultura empreendedora com as crianças e adolescentes o quanto antes.
E daí surge a pergunta: “qual a vantagem para os filhos aprenderem tudo isso desde cedo?” Com o conhecimento técnico que eles irão receber nas universidades, já não estarão habilitados para serem médicos, dentistas, engenheiros e quantas e quais outras profissões queiram escolher? Mas é aqui que mora o engano. Para “ser alguém na vida”, para conseguir o que quiser, seja qual sonho for, nossas crianças e jovens precisam de motivação. Seguindo à risca a etimologia, “motivação” quer dizer motivos para agir, algo que vem de dentro para fora. Só assim eles serão detentores da forte determinação que os fará perseguir os seus objetivos, ter disciplina e foco para estudar e resistir às distrações típicas da idade – como o excesso de tempo no celular, jogos eletrônicos, redes sociais e baladas, por exemplo – que tanto desesperam os pais.
Vale destacar que esses sonhos vão se alterando ao longo do tempo devido aos diversos inputs externos que recebem. Essas influências podem ser os próprios pais, os Youtubers, jogadores de futebol famosos, dentre outros. E ainda querem que os adolescentes de 16, 17 e 18 anos escolham a profissão que vão atuar para o resto da vida! Felizes aquelas crianças que já sabem desde cedo o que querem e os pais incentivam essa “loucura”.
A proposta da Eu S/A Escola de Empreendedorismo é justamente fazer essa ponte entre a escola, a educação formal e o mercado de trabalho, o mundo corporativo e a vida. Nosso objetivo é ensinar o complemento da escola tradicional para completar esta ponte. Preocupamos com a formação integral do aluno para ele elaborar o seu projeto de vida e persegui-lo com planejamento metas e método de execução até chegar a seu objetivo, o seu sonho.
Por isso temos 5 eixos de conteúdo na nossa grade curricular:
1 – Aspectos socioemocionais;
2 – Sustentabilidade com o conceito ESG que já mencionamos em textos anteriores;
3 – Educação Financeira;
4 – Expressão e comunicação (Vendas);
5 – Introdução ao mundo empresarial.
Dessa forma, pensamos na formação do empreendedor como um todo, para a vida e para ser um empresário, pois entendemos que para uma pessoa ter sucesso na vida ela precisa dos conhecimentos, comportamentos, habilidades e atitudes desses 5 eixos citados anteriormente.
Entenderam o motivo de o empreendedorismo para crianças e adolescentes ser a ponte entre a escola, o mundo do trabalho e a vida?
Um abraço, obrigado e até o próximo encontro!