Tema: Ensinando o seu filho a resolver problemas

Já parou para pensar que o dia inteiro nós resolvemos problemas desde quando acordamos até quando vamos dormir? Tem problemas simples e outros complexos. O tempo todo temos que tomar decisões, prevendo as consequências, logo, resolvendo problemas. Exemplo é logo que acordamos para ir à academia e está muito frio. Vamos ficar na cama e continuamos dormindo ou levantamos no frio mesmo, vamos para a academia e ir em busca do nosso sonho de ter saúde?

Hoje vamos falar de um assunto importantíssimo! Como desenvolver as habilidades críticas, lógicas para a resolução de problemas.

Vamos dar 3 dicas de atividades para você estimular o seu filho a resolver problemas.

Vamos às atividades?

Atividade nº 1 – Fazendo conexões

Quebra-cabeças, xadrez, dama, palavras cruzadas, dominó são maneiras excelentes de ajudar seu filho a desenvolver habilidades críticas, lógicas e de resolução de problemas. Esses tipos de jogos reforçam a lógica e o pensamento criativo. Por meio deles, seu filho está aprendendo como fazer conexões, experimentar, visualizar e trabalhar as consequências das decisões tomadas.

O que acontecerá se eu fizer isso? O que acontecerá com isso e quais serão as consequências? Suponha que eu faça isso em vez disso?

As habilidades analíticas são úteis para seu filho, de modo que ele seja capaz de decompor um problema em seus elementos, analisá-lo, identificar as variáveis (o que pode ser mudado em qualquer situação ou decisão tomada) e testar em sua mente as consequências possíveis e inevitáveis de cada decisão, para avançar.

Atividade nº 2 – O problema em partes

Nem todos temos a capacidade dos Grandes Mestres do xadrez de manter um grande número de padrões e consequências em nossas cabeças. Fazer anotações em papel, desenhar diagramas básicos, fazer mapas mentais ou escrever sobre um problema, por exemplo, ajuda a externalizar o processo de pensar as coisas e desvendar o problema. A maneira mais segura de ajudar alguém a externar e refletir sobre um problema é a boa e velha conversa – a essência de grande parte da resolução de problemas humanos. Quando um problema ou decisão é apresentado a seu filho, você pode ajudar, incentivando-o a dividir o problema em pequenas partes e identificar os elementos que podem ou não ser alterados.

Você pode ajudar seu filho usando perguntas abertas e sugestões. Por exemplo, para um problema comum:

Seu filho diz:
Não sei por onde começar meu dever de casa.

Você pode fazer perguntas como:

• Isso tem a ver com este trabalho de casa em particular ou é sobre querer fazer algo mais em vez disso?
• O que você pode mudar e o que não é negociável aqui?
• Há alguma parte do seu dever de casa que você sabe fazer?
• Há alguma parte com a qual você tem um problema específico?
• O que você precisa saber para ser capaz de lidar com as partes com as quais está tendo problemas?

Orientar seu filho dessa forma o incentiva a identificar, categorizar, analisar e encontrar soluções para os problemas. É também algo que você pode modelar conscientemente quando confrontado com problemas. Por que não torná-la uma via de mão dupla e conversar com seu filho sobre os assuntos apropriados que você também precisa decidir, para que possam começar a enfrentá-los juntos?

Atividade nº 3 – Pense sobre como pensar

Quando confrontadas com perguntas, os filhos geralmente tentam adivinhar os adultos, fornecendo uma resposta que elas acham que queremos ouvir, em vez do que elas realmente pensam ou querem dizer. Também é possível que eles internalizem as opiniões dos pais de modo que suprimam o que realmente pensam ou sentem, e se adaptem às crenças e sistemas de raciocínio dos pais, que em si podem nem sempre ser totalmente racionais. Portanto, é bom passar a mensagem de que o pensamento analítico independente e bem-sucedido começa com ser honesto consigo mesmo e com os outros.

Desta forma, os filhos podem ser encorajados a pensar sobre seu próprio pensamento e pode adotar uma atitude reflexivamente crítica em relação a seu próprio raciocínio, que é a base do pensamento analítico eficaz e da resolução de problemas.

Ao fornecer um ambiente onde seu filho se sinta protegido, sem ironias, ridicularização, deboches, você pode incentivar o pensamento, simplesmente pedindo a opinião dele sobre coisas que leu, notícias ou o que está acontecendo em sua vida, como escola, igreja, clubes, etc. Inclua discussões e debates entre a família em um ambiente descontraído para compreender e aprender a respeitar os pontos de vista divergentes. Resista à tentação de vencer a discussão ou certifique-se de que as opiniões de seus filhos refletem o que realmente eles pensam. O objetivo é encorajar seu filho a pensar e não o que pensar.

Depois de decidir sobre um tópico que seu filho levantou ou você sabe que ele está familiarizado, as perguntas mais importantes são perguntas iniciais eficazes:

• O que você pensa sobre …?
• O que você faria sobre …?

Boas perguntas para fazer seu filho pensar a respeito são:

• O que aconteceria se …?
• Isso significa que você pensa …?
• Como isso funcionaria?
• O que você acha que podemos aprender com isso?
• Qual é a moral da história?
• Em que você acha que eles acreditam …?

Seu filho está em uma idade em que pode começar a pensar logicamente e raciocinar de forma abstrata, mas ainda haverá uma tendência para o pensamento concreto e não ser capaz de ver além da realidade. Porém, você pode ser surpreendido com o pensamento dele, pois a partir dos 6 anos eles começam a demonstrar capacidade de pensar filosoficamente! É isso mesmo!

Outras maneiras de ajudar seu filho a pensar analiticamente é encorajá-lo a pedir uma explicação ou esclarecimento sobre algo que ele não entendeu. É perfeitamente normal não saber a resposta a todas as perguntas, portanto deve-se adotar certas estratégias para encontrar a resposta às perguntas, incluindo buscar esclarecimentos sobre o que você faz para encontrar as respostas.

Incentive seu filho a pesquisar soluções por si mesmo. Por exemplo, se você, pai, tem alguma dúvida sobre algo e que você sabe que o seu filho, ou sabe ou tem capacidade de pesquisar, então faça a pergunta e acompanhe os passos que ele fez para encontrar a solução.

Questões científicas e técnicas podem deixá-lo perplexo, mas a internet certamente terá respostas acessíveis e vocês dois estão modelando aquela auto-honestidade essencial sobre o que você faz e o que não sabe. Nunca seja tentado a blefar dizendo que sabe o que você não sabe. Lembre-se que você é a referência dos seus filhos.

Espero que tenham gostado dessas dicas para despertar o interesse do seu filho em resolver problemas, pois é algo que ele leva para toda a vida e será muito valioso para qualquer vida profissional!

Abraços e até o nosso próximo encontro!

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